domingo, 2 de junho de 2013

Sem promessa

                     

    Em "Titanic" perante à morte iminente, Jack faz Rose prometer que mesmo que ele morresse, ela continuaria vivendo. E ela viveu, e realizou alguns de seus sonhos que quisera realizar ao lado de seu grande amor perdido, e carregou a perda desta até o seu ultimo suspiro.
   E se fosse eu no seu lugar, NUNCA teria aceitado promessa alguma, e acho que você sabe disso.
Porque não faria sentido, nada faria sentido. Se nem consigo imaginar como seria um dia com a certeza de que você não me ama mais, quem dirá uma vida.
   Construí um castelo para nós na minha mente, e apenas para nós. É você quem eu quero e disso não tenho dúvidas, por isso nunca te deixarei, mas se por acaso o destino quiser te tirar de mim, eu irei junto, porque jamais poderia suportar a dor de não te ter mais do meu lado, de acordar sem você pra me amar, de ir a canto nenhum sem você lá a minha espera. Simplesmente não viveria em um mundo em que você não fosse meu, e eu não fosse sua.

sábado, 9 de março de 2013

Sentimentos no papel

               

Um dia quero descrever com precisão tudo que sinto por você.
Que chegue o mais perto possível da sua perfeição, que faça jus à sua beleza.
Que eu consiga me expressar sem que fique parecendo aqueles textos clichês que todo mundo consegue fazer.
Um texto que faça eu me sentir completamente realizada, que eu olhe e diga: Isso reúne tudo que eu sinto por você.
Um dia vou te escrever um texto assim. E não quero saber quanto tempo vai demorar pra isso acontecer.
Mas um dia ainda coloco tudo isso num papel.

Mais além

                  

   Minha vida toda eu procurei
   O tal de príncipe encantado
   Teve um que até o amei
   Mas que não passava de um sapo

   Procurei por todos os lados
   E só havia decepção
   Só me restara concertar os pedaços
   Do meu pobre coração
 
   Meus olhos já não brilhavam
   Meu coração estava a sangrar
   Todos só me machucavam
   Então cansei de procurar

   Estava viva sem viver
   Namorava sem amar
   Mas um amor precisava ter
   E ele estava a me aguardar

   No começo não percebi
   Que o amor estava a me chamar
   Sem saber até o feri
   Mas nunca quis o machucar

   Então abri meu coração
   E comecei a o amar
   Sem saber com precisão
   Se aquilo iria me machucar

   É o amor que eu sempre quis
   Até mais do que sonhei
   Acho até que mereci
   Por tudo que já passei

   Hoje convivo com um amor
   Que me ensinou como amar
   E faço o que preciso for
   Para isso não se acabar

   Quero o amar todos os dias
   De janeiro a janeiro
   Sem traições nem mentiras
   Um amor verdadeiro

   Não espero que entendas
   O tamanho que nosso amor tem
   Pois ele alcança as estrelas
   Vai até o infinito e além.
    


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Casa comigo

         

Casa comigo? Mesmo sabendo que haverá brigas de vez em quando, que você irá se chatear pela minha bagunça? Casa comigo mesmo que eu não saiba cozinhar? Casa comigo? Eu prometo te colocar pra dormir, te acordar com beijos e te dar todo o amor do mundo todos os dias.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Hora certa


          

   Tenho medo de ter te encontrado na hora errada.
   Porque ás vezes me pego pensando: e se formos jovens demais? E se com o tempo não for mais do jeito que é. Se isso, se o nosso amor não for eterno e que nossas juras jamais aconteçam?
Será eu um dia vai acabar?
   Amor olhe bem nos meus olhos e não me diga nada, não prometa nada, pois apenas palavras não bastam agora. Quero atitudes. Quero você ao meu lado, pois sem dúvidas você é e sempre será tudo que eu procurei.
   Então não deixe o nosso amor virar modinha como já é costume de se ver hoje em dia: casais jurando amor eterno, e semanas depois se separam, cada um vai pro seu canto e tudo não passou de história, e mais tarde ambos estarão compondo suas famílias, com outras pessoas que chamarão de cara metade, e que amarão até sabe-se lá quando.
   Não amor, eu não quero isso pra gente. Não quero isso do nosso amor.
   Eu te quero pra sempre, e nunca fui tão sincera ao dizer isso á alguém. Pois você sabe de tudo que se passa comigo, você sabe como me tratar, sabe como lidar com coisas de mim que nem eu mesma sei, sabe fazer com que toda a minha vida valha a pena em apenas alguns segundos ao seu lado, você me faz ver o mundo de um jeito diferente. E eu gosto disso, amo isso, eu te amo. Mas já deve saber disso.
   Não me deixe, não desista de mim, não deixe isso acabar, por favor.
   Por que você já me ensinou de tudo, menos a viver sem você, na verdade, não consigo mais me imaginar em um mundo em que você não exista. E me desculpa, por depender de você. Mas agora você é a minha vida, e tudo que eu faço se resume em você.
   Não ache tudo isso que eu digo precipitado, não olhe a minha idade ou a minha estatura física. Apenas olhe para o meu interior, enxergue apenas o meu amor por você, e me ame, e isso já será suficiente para me deixar ou nos deixar felizes. Até que a morte nos separe.

domingo, 25 de novembro de 2012

Eterno

               


E eu encontrei.
Aquele que se encaixa perfeitamente em todos os quesitos que eu almeijava para ser o homem da minha vida.
Aquele que me ama, que me diz isso a todo instante, mesmo eu estando feia, descabelada, sem maquiagem, gorda.
Que faz todos os segundos que passamos juntos serem únicos. Que não desistiu de mim na primeira tempestade. Que quer ficar comigo, que me faz rir. Que desperta meu desejo, que sabe como lidar comigo, que me atura, que eu amo.
Meu motivo pra tudo. Minha razão pra acordar e sorrir. Meu. Simplesmente meu.
Meu supermen, meu cavaleiro de armadura, meu Romeu, meu príncipe encantado. Meu namorado, meu futuro noivo, marido. Eternamente o homem da minha vida.

sábado, 10 de novembro de 2012

Eu sei, mas não devia

                           



Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


                                                                         Marina Colasanti

Diálogos

                         


·         Ele: Eu te amo.
·         Ela: Para.
·         Ele: Eu te amo.
·         Ela: Para.
·         Ele: Mas eu te amo mesmo.
·         Ela: Mas eu não acredito.
·         Ele: Então tá, não te amo.
·         Ela: Hein? Como assim não me ama? Eu te amo muito.
·         Ele: Ué, agora acredita?
·         Ela: Agora eu tô com medo. Fala que me ama.
·         Ele: Não.
·         Ela: Você não me ama mesmo, então?
·         Ele: Não.
·         Ela: Mas como? Você dizia me amar segundos atrás.
·         Ele: Estranho né?
·         Ela: Some da minha vida.
·         Ele: Ai como você é boba, amor.
·         Ela: Olha... Eu não to entendendo nada. O que foi agora? Vai dizer que meus olhos são feios também?
·         Ele: Eles são lindos.
·         Ela: Não é não.
·         Ele: É sim.
·         Ela: Porque você tá dizendo isso?
·         Ele: Porque eu te amo.
·         Ela: Mas....
·         Ele: Quieta.
·         Ela: Idiota.
·         Ele: Eu te amo.
·         Ela: Para.

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