Pronto, estou aqui!
E quer saber, mesmo a Jennypher não tendo gostado muito da idéia de vir pro restaurante, ela nem se importou quando entramos no carro. (ao menos foi isso que eu percebi. Porque quando sentamos no banco de trás ela não parou de me abraçar um segundo sequer)
Nesse momento eu percebi o quanto ela amava a Julia. Nem achei justo ficar no corpo dela, e aposto que qualquer um se sentiria assim. Os pais a amavam muito, e eu nem os chamo de papai ou mamãe, e nem sinto amor por eles.
Juro que se a Marcela estiver lá e for mesmo a Julia, eu vou tentar destrocar tudo (eu não sou mais forte que o meu coração de manteiga. Já nem me importava mais em perder todas aquelas coisas... maravilhosas... caras... e tentadoras... que eu sempre sonhei em ter... e ter todas aquelas roupas... e... perder a banheira ._.) então meu plano era: eu ficar no meu corpo, o da Julia, e a Julia no meu corpo, o corpo da Marcela, mas só que cada uma ia voltar às suas verdadeiras vidas ( complicado #_# )
Coração a mais de mil. Chegamos, e está tudo igual, nada mudou. (nem o mendigo que passou a dormir ali perto umas duas semanas antes do meu acidente :D)
Quando entramos meus olhos foram logo procurando a Maria e a Lê. Espero que elas estejam aqui.
Primeiro elemento que eu vejo: Minha tia no caixa (não é a mãe da Lê) com cara de choro :s
Carlos Henrique: quer escolher a mesa minha princesa?
Julia: que tal no segundo andar?
Jennypher: vamos então (: ( cá entre nós, acho que a Jennypher não esperava que o restaurante dos meus tios fosse assim, tipo, o lugar não é tão bom, mas a decoração é digna de um restaurante daqueles chiques *-* )
Quando subimos as escadas, achei quem eu estava procurando *o*
Mas parecia que elas estavam chorando.
Ai não, não vou agüentar!
Julia: mamãe, papai, eu vou ali falar com minhas amigas e já volto, pode ser?
Jennypher: Claro filha, mas o que você vai pedir?
Julia: Hã... O que vocês pedirem está bom pra mim (:
Jennypher: está bem.
Ah, coragem Marcela, coragem!
Agora sim. Lá estava eu. Julia. Cara a cara com Mariana e Letícia. Mas nada de Marcela.
Julia: Oii
Mariana: quem é você? (a Mari sempre foi assim, nunca forçou simpatia com ninguém. Muito menos com quem ela não conhecia)
Julia: Marcela
Mariana: Eu não te conheço. Você conhece Lê?
Letícia: Não.
Julia: conhecem sim! Eu sou a Marcela Mari, sua irmã!
Mariana: VOCÊ NÃO É MINHA IRMÃ!
(a mesa onde elas estavam era distante da que os meus pais estavam, então acho que eles não ouviram os berros da Mari)
Letícia: Ela morreu... A Marcela morreu! E VOCÊ não é a Marcela!
O mundo parou pra mim. Como a Marcela morreu? Como? De que? Por quê?
Mas aquela não era hora de pensar.
Era hora de se explicar