sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mudanças - 4ª Parte

            


   E depois disso, eu sempre a via, eu sempre a beijava, eu sempre a tinha nos meus braços.
Mas quando ela não estava comigo, eu estava com outras, eu curtia com os amigos. Eu me transformava totalmente com a presença da Pri.
   Ai, passaram-se meses, e eu não via mais ela, ela não entrava mais no msn, eu simplesmente não ouvia mais noticias dela.


VERSÃO DA PRISCILLA
   Juro que tentei esquecer o Pedro, aquele amor estava começando a me machucar. Eu sabia de tudo, das festas que ele ia, das bebidas, das garotas, só não queria acreditar que aquele garotinho fofo, o meu garotinho fofo, era aquilo. 
   Um dia, eu estava andando na rua, e passei em frente à uma casa lotérica. estava mesmo com uns números na cabeça, ia tentar a sorte, só faltava um número. 12, o dia em que eu beijei Pedro pela primeira vez. Se perguntarem, ele não saberá responder, como eu sei.
   Sim, aquele número realmente me deu sorte. 36 milhões de reais. Tipo, sei lá, foi tão rápido, uma hora, eu era, digamos, que pobre, tipo, pelo lugar onde eu morava, minha casa, a situação financeira dos meus pais, e no fundo, eu só queria um pouco de dinheiro, uma vida melhor, vai ver o Pedro não me valorizava por causa disso, né.
E eu também tinha um sonho de ir morar no rio, mas claro, esse sonho ficou para trás depois que eu conheci o Pedro, queria tanto namorar com aquele garoto, só que eu "não tinha idade suficiente" como o meu pai dizia.
   Então agora eu tinha uma grande decisão nas mãos. Ir morar em outro estado, e esquecer totalmente o Pedro, ou morar na cidade onde ele mora, ficar perto dele, sei lá. Me sentir feliz. (Ser milionária era ótimo, quer dizer, eu ainda não sabia direito, ainda nem tinha contado pra minha mãe, estava pensando nisso enquanto voltava pra casa de ônibus.) Entre ter todo o dinheiro do mundo, ou ter o Pedro, eu ainda escolheria aquele garoto.
Valéria (mãe): Ah, vamos morar no Rio de Janeiro! Junto com a sua irmã, que tal, então compraremos uma casa, e claro, temos que dar algum dinheiro aos meus irmãos.
Alberto (Pai): Eu não quero ir morar no Rio! Eu gosto de morar aqui, aqui tem os meu amigos, os jogos que eu gosto, as pessoas que eu estou acostumado a ver desde pequeno.
Valéria: mas meu amor, essa casa é um horror, mesmo que quiséssemos, nem daria para concertar, e aqui não tem nenhum outro espaço para construir uma casa, além do mais, este é um lugar tão feio!
Priscilla: oi, sabiam que o dinheiro é meu? Então, vamos comprar uma casa no Rio, e outra, em uma cidade que tem aqui perto, Andeóplis, vocês sabem onde fica, claro.
Alberto: É, uma boa ideia.


   E ficou assim, fomos comprar uma casa em Andeóplis, e contratamos uma empresa de paisagismo para decorar a casa, enquanto íamos para o Rio de Janeiro, comprar uma outra casa.
 Para a minha mãe, eu comprei um restaurante, onde ela e os meu quatro tios pudessem trabalhar juntos, ou não.
Comprei um ingresso para o show da minha banda favorita, e depois voltamos para Andeópolis, onde eu ansiosamente pensava em uma maneira de dizer para o Pedro, que se ele quisesse, eu poderia morar lá, só para ficar perto dele, e finalmente aceitar aquele pedido de namoro. 

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