quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mudanças -2ª Parte


                

   Quando eu voltei pra casa não parei de pensar naquela garota. Tipo, tão nova, e tão bonita. Eu tinha que pergar ela, de qualquer jeito, e com jeito, é claro.
Dias se passaram, eu nunca voltei lá na cidade onde ela morava, e também nunca mais a vi.
Até que um vez, ouvi a minha prima comentando sobre o orkut de uma amiga dela, que era da mesma cidade onde a Priscilla morava. (se é que se pode chamar aquele lugar de cidade, era um pedacinho de terra.) E por pura coincidência, a amiga da minha prima era irmã da Pri. 
   Então convidei ela no orkut, e puxei assunto. Disse a verdade, que achei ela muito linda, alguma coisa assim. E ela foi super modesta, dizendo que não era bonita e tal. E foi assim, a gente foi se falando até ter uma certa intimidade. 
Ai teve uns dias que eu me afastei da internet. Não, eu me afastei por muito tempo da internet.
Mais de seis messes por ai. A vida tava boa filho, garotas à vontade, viagens com os primos, farra com os amigos. Ai eu completei 14 anos. E só no final do ano é que eu lembrei que a Priscilla ainda existia. 
Convidei ela pra uma festa que ia ter aqui na minha cidade, e ela recusou. 
Valeu, então eu aproveitei a festa. Mas aquela garota estava afim de bagunçar com a minha cabeça mesmo. Ela veio, mesmo dizendo que não viria, e estava muito mais linda. Veio com uma amiga. Eu fui falar com ela. E tipo, me surpreendi, ela era totalmente diferente do que eu pensava, garotas normais me agarrariam ali mesmo, ou já teriam me beijado na primeira oportunidade, e de certo falariam de como elas se achavam lindas. Mas a Priscilla era diferente. Ela não me agarrou, não me beijou, e nem falou que era bonita. Mas ela me olhava com aqueles olhos castanhos dela. A cada palavra que eu dizia, me olhava como se os meus olhos fossem o mar, com uma intensidade imensa. E em um certo momento, depois de já termos falado tanto sobre nós, ela deixou eu segurar a sua mão. É bobo. É, é muito bobo isso, mas eu suei, tipo, eu nunca tinha me sentido assim só de pegar na mão de uma garota. Porque ela não era uma garota qualquer.
Naquele dia, eu não a beijei, não a agarrei. Só a senti.
Isso é muito idiota, contado por um garoto popular que tem qualquer uma que ele quiser. mas como diria a Pri, isso é fofo.
Vai entender.

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